Com mais de 60% de toda a energia elétrica vindo de suas usinas hidrelétricas, hoje o Brasil vivencia uma nova crise energética causada, mais uma vez, pelos baixos volumes de chuvas nas regiões dos reservatórios, que levaram seus níveis a volumes nunca antes tão baixos.
E, mais uma vez também, quem paga por isso são os milhões de consumidores brasileiros que arcam com contas de luz cada vez mais caras. Neste mês, por exemplo, passou a valer, em caráter excepcional, o novo valor de R$5 da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que antes era de R$3,50 a cada 100 kWh consumidos.
Embora o governo mantenha uma posição otimista, descartando a possibilidade de racionamento, uma análise dos dados do setor elétrico nacional e suas perspectivas não trazem essa mesma segurança.
Os níveis dos reservatórios, fator mais importante quando analisamos a geração de energia no país, é preocupante, com os valores ficando abaixo daqueles apresentados em junho de 2001, quando o país enfrentou a chamada “crise do apagão”, que durou até fevereiro de 2002.
Na comparação entre junho de 2001 e outubro de 2017, os reservatórios das principais regiões do Brasil ficam assim:
Reservatório | Junho/2001 | Outubro/2017 |
Sudeste / Centro-Oeste | 28,55% | 17,76% |
Sul | 92,80% | 45,69% |
Nordeste | 24,61% | 6,15% |
Norte | 70,70% | 21,64% |
Desde a última crise, então, como forma de se precaver de novos períodos de estiagem, o governo investiu em usinas termelétricas movidas à óleo, gás natural e biomassa, as quais entram em operação quando as hidrelétricas apresentam queda no volume da geração.
Porém, neste ano, com a queda brusca no volume dos reservatórios, todo o parque nacional dessas usinas tem sido acionado nos últimos meses, chegando, em setembro, próximo ao patamar de 2015, ano de grande seca que demandou ao máximo a energia dessas usinas.
No entanto, embora isso traga um alívio para as hidrelétricas, ao mesmo tempo causa prejuízo ao bolso dos consumidores, que veem o preço da conta de luz aumentar, uma vez que essas usinas são mais caras de operarem e, consequentemente, elevam o custo da energia.
Neste ano, ainda, a situação chegou ao ponto em que o governo se viu sem saída a não ser importar energia de países vizinhos. Desde o mês de maio, o Brasil vem importando energia do Uruguai e, agora, deve começar a comprar energia também da Argentina.
Mais uma vez, entretanto, isso significa alívio para o parque de hidrelétricas, mas um peso no bolso do consumidor, uma vez que o preço dessa energia fica semelhante aquele das termelétricas.
Energia Solar é a Saída
Enquanto o governo opta por soluções imediatistas que visam apenas remediar um sistema elétrico defasado e dependente de uma só fonte, a energia solar vem, a cada vez mais, se mostrando como a saída dos consumidores para a contínua inflação energética.
Isso porque, o consumidor que opta por instalar um sistema fotovoltaico em sua casa ou empresa adquire o poder de gerar a sua própria energia e, assim, o preço dessa automaticamente “congela”, ficando imune às variações no preço das distribuidoras.
Créditos Energéticos
Como? Simples. Através do sistema de compensação de energia elétrica criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o consumidor que instala um sistema gerador solar e conecta-o à rede da distribuidora local, passa a fazer a troca da energia gerada em excesso e injetada na rede pela aquela consumida da mesma.
Assim, todo watt de energia que o consumidor injeta na rede pelo seu sistema é transformado em um crédito energético, o qual então é usado por esse mesmo consumidor para abater por um mesmo watt de energia que ele consumiu da rede no momento em que não houve geração (à noite) ou em que esta é insuficiente para suprir o consumo (dias nublados, quando a geração é menor, por exemplo).
Dessa forma, o consumidor que instala um sistema capaz de produzir toda a energia mensal consumida não irá precisar pagar nem mais um centavo por esta, devendo apenas pagar a distribuidora a taxa mínima mensal referente a manutenção da rede.
Esses créditos, ainda, possuem uma validade de 5 anos para serem consumidos, podendo o consumidor ficar com saldos positivo em meses de maior geração para poder abater naqueles de menor geração do seu sistema.
Além disso, a energia devolvida ao consumidor pelos créditos energéticos é isenta de impostos, como ICMS (em quase todos os Estados) e PIS e COFINS (Nacional).
Futuro é Solar
Todas essas vantagens são apenas um dos pontos que explicam o porquê a tecnologia fotovoltaica cresce exponencialmente no Brasil, com mais de 16 mil consumidores já gerando a sua energia pela abundante luz do sol em todo o país.
E, com a situação do sistema elétrico no país sem sinal de melhoras no curto prazo, em conjunto com a queda nos preços dos equipamentos do sistema, as estimas oficiais do setor apontam que, até 2024, deverão ser 1,2 milhão de consumidores gerando a sua energia.
Se você também não aguenta mais os constantes aumentos na conta de luz e desejar congelar o preço da energia que consome, faça uma Solicitação de Simulação por e-mail (contato@santacruzsolar.com.br)