E novamente a situação fica difícil para os mais de 70 milhões de consumidores de energia do Brasil, que terão que arcar com contas de luz mais caras no próximo mês de dezembro.
Isso porque a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou ontem, dia 27/11, que a bandeira tarifária vigente para o mês será a vermelha de patamar 1, a qual adiciona R$3,00 a mais a cada 100 quilowatt-hora consumidos.
Embora seja uma melhora em relação ao mês de novembro, quando esteve vigente a bandeira vermelha patamar 2 e que somava R$5 a cada volume desse consumido, esta cobrança ainda gera um peso grande para o bolso dos consumidores.
A quantidade de chuvas ocorridas em novembro e que aliviaram um pouco os reservatórios das hidrelétricas foi o motivo apontado pela ANEEL para a redução do patamar da bandeira vermelha neste próximo mês.
No entanto, a agência declarou que medidas e ações para combate ao desperdício e uso consciente da energia devem ser tomadas, mesmo não havendo risco de escassez.
Esses valores adotados nos últimos meses fazem parte do novo reajuste das bandeiras criado pela ANEEL que levam em consideração no seu cálculo o volume dos reservatórios das hidrelétricas.
Com o novo cálculo, os valores ficam estipulados da seguinte forma para cada nível/cor de bandeira:
- Bandeira verde: sem taxa extra.
- Bandeira amarela: taxa extra de R$ 1,00 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha patamar 1: taxa extra de R$ 3,00 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha patamar 2: taxa extra de R$ 5,00 a cada 100 kWh
O programado era que esse reajuste entrasse em vigor apenas em janeiro de 2018, porém, com os intensos períodos de estiagem que ocorreram este ano, a agência antecipou a cobrança extra no intuito de controlar o consumo.
Se esta situação já não fosse ruim o bastante para os consumidores, existe ainda a possibilidade desses valores sofrerem alterações antes que que a metodologia, que se encontra em audiência pública, seja aprovada e sancionada.
Assim, o histórico da inflação energética no Brasil continua e cada vez mais os brasileiros vão buscamos formas de fugir dessa situação problemática e que poderá se agravar pelos próximos anos através de tecnologias de auto-geração.