Lançada a dois anos, a ferramenta, batizada de Project Sunroof, é um “Mapa Solar” que mostra o potencial de geração fotovoltaica e agora ganha atualização que expande sua abrangência para todos os estados americanos.
Uma das maiores empresas do mundo, o Google é uma grande incentivadora no uso de fontes de energias limpas, especialmente a solar fotovoltaica, atuando em projetos que visam a disseminação e adoção da tecnologia, nos EUA e no mundo.
Um desses projetos é o site “Project Sunroof” (Acesse o site, em inglês, aqui). Lançado pela companhia em agosto de 2015, o website apresenta um “Mapa Solar” do potencial de geração fotovoltaica dos telhados das residências americanas.
Inicialmente, a ferramenta apresentava informações para algumas poucas cidades do país, agora, porém, após a atualização recebida na semana passada, o “Mapa Solar” passou a abranger todos os 50 estados americanos, exibindo informações para mais de 60 milhões de casas nos EUA.
Com isso, o Projetc Sunroof começa agora a obter um quadro geral do potencial de geração fotovoltaica residencial americano, o qual será útil não somente aos consumidores interessados nos sistemas, como também para empresas buscando novos clientes, pesquisas acadêmicas e até mesmo para utilidade pública.
Joel Conkling, gerente de produtos do Google, disse que o objetivo com o “Mapa Solar” é “entregar os dados nas mãos de pessoas que estão pensando em sistemas solares e que estão tomando decisões sobre a tecnologia”.
Funcionamento do “Mapa Solar”
Visando facilitar a adoção da tecnologia, o website Project Sunroof utiliza-se de modelagem 3D para apresentar, de forma simples e resumida, todas as informações que o consumidor americano precisa (e quer) saber para a escolha de um sistema fotovoltaico.
Após receber o endereço do usuário, o “Mapa Solar” usa dados de outras ferramentas da empresa, como o Google Maps e o Google Earth, para coletar as informações necessárias para o cálculo de um plano solar, entre elas a do formato do telhado, condições climáticas locais e número de horas úteis de insolação, áreas de sombreamento, preços de energia locais e ainda incentivos estimados.
A ferramenta ainda permite a personalização desse plano, com o usuário podendo informar dados sobre a sua conta de energia, dessa forma recebendo uma estimativa da economia que irá obter com a energia solar e ainda o número de painéis necessários para suprir o seu consumo elétrico.
Por fim, a ferramenta também apresenta várias opções de financiamento, aluguel e compra dos sistemas para que o usuário possa escolher a que melhor se encaixe ao seu gosto e bolso, contando ainda com uma lista das empresas de energia solar mais próximas.
Dados importantes
Agora que passou a cobrir dados do país inteiro, o “Mapa Solar” do Google começou a revelar informações e tendências interessantes sobre o potencial solar nos EUA, como, por exemplo, que 79% dos telhados analisados pela ferramenta são viáveis para a instalação de um sistema.
Em estados com maior índice de radiação solar, como o Havaí, Arizona, Novo México e Nevada, o número de telhados aptos a gerar energia através de painéis solares sobe para 90%, já os telhados de estados como Pensilvânia, Maine e Minnesota apresentam apenas 60% de viabilidade.
Através dos dados coletados, o Google também pode apresentar a lista das dez cidades americanas com maior potencial para geração solar, que são, respectivamente e em ordem decrescente: Houston, Los Angeles, Phoenix, San Antonio, Nova York, San Diego, Jacksonville, Cidade de Oklahoma, Dallas e Albuquerque.
Somente Houston, localizado no estado do Texas, poderia gerar 19 GWh (gigawatts-hora) de energia solar no ano através de painéis solares, diz o Google, o qual também afirmou que, com essas dez cidades atingindo o seu potencial solar, elas poderiam gerar eletricidade para abastecer mais de 8 milhões de residências americanas.
Embora possua grande potencial comercial, gerando leads para as empresas americanas de energia solar, Joel Conkling diz que o Google não obtém receita com o Project Sunroof e que não possui planos atuais para levá-lo nessa direção.
A ferramenta apresenta certas limitações, no entanto, com o próprio Google admitindo que, por utilizar imagens de satélite para estimar a capacidade solar, estas podem não ser inteiramente precisas ou atualizadas. Novas edificações, por exemplo, podem não constar no “Mapa Solar”, assim como obstáculos muito pequenos nos telhados também podem não ser vistos.
Conkling não especula sobre os planos futuros para o Project Sunroof, porém conclui: “Nós colocamos bons dados e ferramentas à disposição, porém ainda existe muito o que podemos fazer para as pessoas que estão explorando a solar”.
Brasileiros também contam com ferramenta para cálculo de sistema solar
Embora o “Mapa Solar” do Google ainda não forneça informações para o nosso país, os consumidores brasileiros que tem interesse em gerar a sua energia elétrica através de um sistema fotovoltaico já contam com uma ferramenta similar à sua disposição.
A Blue Sol Energia Solar, empresa pioneira do setor e uma das de maior destaque no mercado solar brasileiro, oferece em seu website um simulador exclusivo que apresenta ao consumidor, na hora, a estimativa de custo e tamanho para um sistema fotovoltaico que atenda ao seu consumo elétrico.
Utilizando-se de dados semelhantes aos do “Mapa Solar” do Google, como índice de radiação solar nos estados do Brasil, média de preços de energia por região, entre outros; o simulador apresenta ao usuário as informações que ele deseja obter sobre o seu futuro sistema.
Após acessar e inserir algumas poucas informações, o simulador irá apresentar ao usuário a quantidade de módulos que ele irá precisar para gerar a energia consumida no mês, a produção mensal do sistema (em kWh_quilowatt-hora), o valor total deste (equipamentos e instalação), além da economia que o consumidor poderá obter através de sua utilização, mensal e total nos 25 anos de vida útil do sistema.
Disponível para cálculo de sistemas em todo o território nacional, o simulador pode ser acessado aqui.
Fonte de Informação: Greentech Media – Fonte