No final do mês passado, no 21 de junho, comemoramos o solstício de inverno, quando teve início essa estação do ano, amada por uns, odiada por outros, e a qual se estende até 22 de setembro, quando começa a primavera aqui no hemisfério sul.
Quando falamos em energia solar, um mito muito disseminado por aqueles que desconhecem o funcionamento da tecnologia fotovoltaica é que os sistemas não produzem energia nessa estação, ou que produzem muito pouca, inviabilizando a instalação de um sistema.
Embora os efeitos dessa estação não sejam tão impactantes em muitas das regiões do nosso país tropical, aproveitamos essa época de ventos gelados para desmistificar de vez essa falsa concepção popular sobre a tecnologia fotovoltaica.
Diferença Entre Tecnologias
A primeira coisa que se deve ter em mente quando falamos de energia solar é a diferença entre as duas principais tecnologias que utilizam essa fonte geradora, que são a energia solar térmica e energia solar fotovoltaica.
Enquanto a primeira utiliza o calor do sol para aquecer a água e outros fluídos, o qual é captado através de placas coletoras instaladas nos telhados, a solar fotovoltaica é aquela em que a luz do sol é captada por placas solares (chamados módulos fotovoltaicos) e transformada em energia elétrica através do efeito fotovoltaico.
Portanto, o frio de inverno não influencia negativamente a geração de energia do sistema, ao contrário, ele é até benéfico para o desempenho dos painéis, os quais, assim como a maioria dos equipamentos eletrônicos, funcionam de forma mais eficiente em baixas temperaturas.
Cada módulo tem suas especificações e o impacto do calor sobre a sua potência é um dos aspectos que definem a qualidade do mesmo. Na folha de dados do módulo, disponibilizada pelo fabricante, encontramos os coeficientes de temperatura, que indicam a porcentagem de perda da eficiência para cada grau acima dos 25º utilizado nos testes feitos em laboratórios.
Se existe uma perda de geração elétrica pelo sistema no inverno, essa se dá por conta da duração dos dias, que são menores, e da angulação do sol em relação à Terra, que faz com que a sua luz chegue de maneira mais amena a superfície terrestre no hemisfério em questão, porém esses fatores são devidamente analisados pela equipe técnica na hora de se dimensionar o sistema.
Em relação a neve, que atinge de forma amena somente as regiões do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, esta também não apresenta problema, visto que os painéis são fabricados com uma película antiaderente e são fixados em uma angulação que não permitem o acumulamento do gelo em cima dos módulos, não havendo perigo deste bloquear a luz do sol.
Grande Economia
Agora que ficou claro que os sistemas funcionam, muito bem, no inverno, podemos falar da outra vantagem que é ter um desses instalado em sua casa nessa época de baixas temperaturas.
Como sabemos, a energia elétrica gerada por um sistema pode abastecer todos os equipamentos elétricos de uma casa e suprir todo o seu consumo energético, bastando apenas que seja feito o correto dimensionamento do mesmo.
Nos dias frios de inverno, o grande vilão das contas de luz é o chuveiro elétrico, que consome altas cargas para aquecer a água fria que vem da rua. E é nesse cenário que um sistema fotovoltaico pode trazer grande economia para o consumidor, provendo toda essa energia de forma limpa e permitindo que o consumidor reduza em até 95% da sua conta de luz.
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