Ônibus movido à energia solar é inovação sustentável em Florianópolis

O ônibus movido à energia solar, desenvolvido por estudantes da universidade federal do estado e com tecnologia brasileira, já está rodando e visa mostrar a viabilidade desse tipo de projeto de transporte coletivo e não poluente.

Os transportes públicos coletivos são uma opção mais sustentável para as grandes cidades, uma vez que podem transportar várias pessoas de uma única vez, aliviando o trânsito e ajudando para reduzir a emissão de poluentes. Agora imagina um desses ônibus movido à energia solar.

Pois foi isso que estudantes do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fizeram. Eles criaram, a partir de tecnologia brasileira, um ônibus totalmente elétrico e que será abastecido somente com energia produzida através de placas solares instaladas no centro de pesquisa da Universidade.

O ônibus sustentável conta baterias de Lítio instaladas em seu teto (similares aquelas em nossos celulares, porém obviamente maiores) que, quando carregadas, dão ao coletivo uma autonomia de 70km. A recarga completa das baterias dura em média uma hora.

O coletivo irá percorrer 200km por dia, em um trajeto de ida e volta entre o campus da UFSC e o Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar Fotovoltaica, em Florianópolis-SC. Durante o trajeto, que tem duração de cerca de 25 a 30 minutos, o ônibus irá transportar alunos, professores, funcionários e toda a comunidade universitária, os quais ainda não precisarão pagar nenhum centavo de passagem.

Quando estiver parado no trânsito, o ônibus não irá consumir energia, como acontece nos veículos com motores à combustão. Ademais, ele conta com uma tecnologia de frenagem regenerativa, a qual capta a energia gerada nas rodas no momento da frenagem e a injeta nas baterias, aumentando a sua autonomia.

A modernidade do ônibus movido à energia solar, no entanto, não está limitada apenas a sua forma de alimentação. Seu interior foi totalmente desenvolvido de forma a aplicar o conceito de deslocamento produtivo, com mesas de reunião, sinal wi-fi, tomadas de energia e saídas USB que irão proporcionar aos passageiros meios de continuar seu trabalho/estudo durante o trajeto, e isso em um ônibus que não emite ruído algum.

Ricardo Rüther, professor e coordenador do centro de pesquisas, diz que o objetivo do projeto é aliar o uso da tecnologia limpa com o ganho de tempo e eficiência através de um transporte coletivo inteligente. “O nosso objetivo é tornar esta realidade mais clara e concreta para a população”.

Ônibus movido à energia Solar como solução para grandes cidades

O coletivo verde foi desenvolvido pela UFSC em parceria com as empresas Eletra, Marcopolo, Mercedes-Benz e WEG, e conta com 200kW (quilowatts) de potência. Seu sistema de tração é 100% elétrico, o que lhe permite rodar sem emitir nenhum poluente sequer, além de não emitir ruído algum.

Essas características fazem dele uma ótima opção para as grandes cidades, as quais normalmente sofrem com a poluição atmosférica e sonora. Para efeito de comparação, de acordo com medições realizadas em São Paulo, os ônibus elétricos mostraram-se até 26% mais econômicos que um convencional a diesel, comparando-se apenas o custo da energia elétrica com o do diesel.

“Além de todos os ganhos para o meio ambiente e também para a sociedade, a frota com veículos elétricos ou elétricos híbridos é comprovadamente mais eficiente na operação do que o diesel convencional”, destaca Iêda Maria de Oliveira, gerente comercial da Eletra.

O custo para construção do ônibus movido à energia solar ainda é alto, R$1 milhão, porém, segundo Rüther, a finalidade é demonstrar a viabilidade técnica e econômica para o futuro, quando os custos das baterias estiverem mais acessíveis devido ao ganho de escala.

“Temos a dificuldade do investimento inicial e infraestrutura, mas o ganho ambiental imediato e a rentabilidade que se comprovará com a implementação de frotas de ônibus elétricos, afloram a necessidade de políticas públicas e a responsabilidade dos gestores para com o futuro das nossas cidades”, enfatiza Iêda de Oliveira.

Fonte de Informação:        Gazeta do Povo – Fonte             Ciclo Vivo – Fonte

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